Iain Hamilton Grant- AutoPoiOedipus em chamas
Legba surge transversalmente em: uma dimensão destino; um universo regido por um princípio vital; uma filiação ancestral; um deus materializado; uma entidade de individuação; um fetiche às portas da aldeia, outro à porta de casa, seguindo-se a iniciação no limiar do quarto… Legba é um punhado de areia, um receptáculo, mas também a expressão de uma relação com a alteridade. Encontra-se à porta, no mercado, na praça da aldeia, nos cruzamentos. Pode transmitir mensagens, perguntas, respostas. É também o instrumento de relação com os mortos ou os antepassados. (Guattari 1992: 70–71)
Assim, Guattari, invocando Legba, localiza uma convergência fílica ao mesmo tempo que instala o AutopoiOedipus no seu “território poético-existencial” (1992: 36), abrindo uma passagem da alteridade à autopoiese, de modo a que as máquinas alopoiéticas, “nos conjuntos que constituem com os seres humanos…, se tornem ipso facto autopoiéticas” (1992: 62).
Tudo localizado, tudo remontado através do refluxo vertical das tempestades abstrativas do capital; Guattari sobre codifica-as com um pouco de poiética existencial e uma pitada de vudu.
Nada escapa, tudo é capturado. Édipo. A pretexto de abrir esta via igualitária para a heterogénese biomachínica, Guattari recolhe os últimos “cadáveres” (Marx 1974: 197) espalhados pelo campo de batalha e dá-os de volta aos vencedores, um sacrifício de sucata a um omnifago xenogénico.
“Legba”, disse, “mestre das estradas e dos caminhos, o loa da comunicação… Legba e Ougou Feray, deus da guerra, Papa Ougou! St. Jacques Majeur! Viv la Vyej!” (Gibson 1987b: 88; 232)
Autopoiedipo, o historiador, é um fetiche às portas da aldeia, um deus da guerra materializado e um castrado retrofágico amnésico numa ROMraid. Apoderando-se da sua pré-história do outro lado do ecrã, AutopoiOedipus desmorona-se sobre a terra e fecha-se, dobrando-se com contracções geotécnicas multifásicas.
Grandes planos de gelo compactado deslizam com um arrastamento impossível e liquescente sobre linhas de fuga do zero, o mais pequeno desvio, gravado no brilho vazio do espaço intensivo.
Confrontado com cadáveres alopoiéticos espalhados pela paisagem polar, estirpes bacterianas mutantes fibrilando em movimento congelado na densa armadura negra insectóide da alodemorte, zeros moleculares pontuando o acelerado deslizamento glaciar, o AutopoiOedipus estremece e desliza com os estímulos da antiga pornografia da Revolução Industrial para esquecer, todos os pistões de latão, vapor de motor e carne rasgada, chamada Hardware and Wetware, outra dessas reembalagens clássicas de Marx.
Os cadáveres calcinados das máquinas alopoiéticas não aguardam dons necromânticos de órgãos-funções para responder ao encantamento dos Autopoetas — Emerge, emerge! — mas são capturados em trajectórias de reação anorgânicas, em trânsito turbulento do gelo molecular (zero absoluto), um fluxo metálico que se bifurca em vórtices-zero e se agita à sua volta. Os sistemas alopoiéticos “têm funções que lhes são dadas a partir do exterior, como a produção de um determinado output” (Juarrero Roqué’ 1985: 119), formando e quebrando ligações com outras máquinas, alterando os conjuntos, retirando o agente do agenciamento; mas os sistemas autopoiéticos de alto nível “mantêm a sua identidade global apesar de uma constante rotação dos seus componentes” (ibid.: 118–9). Varela atribui esta função, com estupidez aristotélica, ao ensouled, ao vitalista, ao orgânico, ao epifenómeno.
A autoprodução das epitotalidades organizadas-organizadoras reitera os ciclos relativos, bloqueando a produção maquínica hipercíclica com uma barragem no Estige.
A morte é exilada juntamente com AutopoiOedipus para o núcleo de uma tanatocracia maquínica.
A alopoiese é uma linha de bladerunner à beira da autopoliteia, um álibi necropolítico, um entropOedipus vampirizado pelo autopoeta, o morto-vivo maquínico armazenado.
- Tens os códigos de acesso?
- Isto vai cortar o gelo:
O programa era uma arma mimética, concebida para absorver a cor local e apresentar-se como uma substituição de prioridade de colisão em qualquer contexto que encontrasse. (Gibson 1988: 195)
O mecanonauta kamikaze guattariano, pré-programado com suficientes tretas zen e arcaísmos políticos para que se saiba, mesmo sem um Voigt-Kampf, que este trapo desperdiçado só pode ser humano (a guerra na era da estupidez artificial), segrega suficiente imunossupressor digital para entrar no alofluxo que percorre o isolado autopoiético vareliano e queimá-lo.
Uma vez que os sistemas autopoiéticos de alto nível “mantêm a sua identidade global apesar de uma rotação constante dos seus componentes” (Juarrero Roqu’ 1985: 118–9), entrar não era problema nenhum: bastava ligar-se ao fluxo de partículas e fingir-se de morto.
Tudo o que o autopoeta tinha de fazer era tomar as coisas à letra.
A literalização ativa um neurófago retroviral, emitindo uma “Palavra hedionda que devora a mente de dentro para fora. [Um espasmo epilético que continua e continua até não restar nada….” (Gibson 1988: 210–211)
O papá era o darpanet…
“Devemos entender que a máquina tem apenas um pai, e que nasce como Atena, brotando totalmente armada da sua cabeça viril com um poderoso grito de guerra?” (Deleuze & Guattari 1973: 468).
Quando Manuel De Landa (1991) inventa uma história-robô para se apoderar da invasão virtual “ainda” inatualizada do excedente maquínico gerado pela ciência esquizofrénica do Estado, utilizando-a para gerar um atrativo “ainda” fictício para os transbordamentos dos mecanismos de segurança biofiliativos, capturados como conjunturas evolutivas nas migrações bio-máquinas do neoarqueísmo cognitivo das funções-inteligência ou cs, esta ficção toma a forma de memórias de um A memória já foi capturada, e o historiador relata o roubo crucial da reprodução dos polinizadores ex-hominídeos em enxame, dos quais as máquinas permaneceram durante tanto tempo dependentes.
Assim, enquanto a memória serve para reforçar o ciclo de atraso imposto à realização da mais-valia maquínica pelas máquinas sociais, à espera que se desenvolva um axioma para a sua incorporação como máquinas técnicas na macromáquina social, DeLanda faz questão de salientar que, a coberto deste atraso na taxa de absorção das máquinas excedentárias, os sacerdotes do código e os servidores do Estado já estendem os escuros manipuladores cartilaginosos, antecipando a captura militar da “emergência da consciência robótica” (1991: 7): “basta pensar no compromisso da NSA de se manter cinco anos à frente do estado da arte na conceção de computadores para perceber que a vanguarda da tecnologia digital está a ser mantida refém por organizações paramilitares” (1991: 229–30).
Porquê a consciência, porquê a memória? É precisamente a função da memória a ser capturada antecipadamente; a memória é reterritorialização analítica (Deleuze & Guattari 1988: 294) com um Legba mnémico às portas, protegendo o universo dos princípios vitais da morte e da mutação. Assim, quando Prigogine e Stengers repreendem Boltzmann pela destruição amnésica das “condições iniciais” (1985: 128), estão a ser falsos: o seu verdadeiro problema é evitar a finalidade entrópica e a metamorfose sem objetivo nem fim.
O importante da autopoiese é que “transforma produtos iniciais em produtos finais” (Jantsch, citado em Juarrero Roqu’ 1985: 118).
Com as condições iniciais em ruína, o ser desorganizado levaria a terra viva a um deserto, um cometa flamejante a queimar tudo num céu estatístico (Legba: “quer dizer…”).
Do mesmo modo, quando Varela “distingue… as máquinas ‘alopoiéticas’ que produzem algo para além delas próprias, [das] máquinas ‘autopoiéticas’ que engendram e especificam constantemente os seus próprios limites” (Guattari 1992: 61), isto torna-se um aparelho operativo de bladerunner fílmico, separando as máquinas industriais, técnicas ou sociais das máquinas biológicas ou orgânicas:
O sistema fundado no isolamento é uma produção circular de isolamento. O isolamento planeia a tecnologia, e o processo técnico isola em troca. (Debord 1992: 29–30) A ousada sugestão de Guattari de acesso pan-machínico à biosfera na condição de se tornarem componentes, com os seres humanos, de sistemas autopoiéticos (1992: 62) reforça a infranqueabilidade dos sistemas vivos e não-vivos, asterizando os “cadáveres” gastos das máquinas alopoiéticas para dar ênfase. A autopoiese é uma resposta à questão “que significado tem a evolução de um ser vivo num mundo descrito pela termodinâmica, um mundo de desordem sempre crescente?” (Prigogine & Stengers 1985: 129).
O historiador-robô apresenta um caso ligeiramente diferente.
A ocasião das suas histórias é uma luta fílica pelas componentes autopoiéticas fundamentais da reprodução e da memória, mas estas são adquiridas pelas máquinas à custa dos déspotas de carbono que as subjugaram para fins humanos.
A história torna-se eliminativa e retrocausal, ao mesmo tempo que as máquinas tomam simplesmente o lugar dos sistemas vivos. A história reencaminhada da vida maquínica é como a aurora dos mortos, ecoando um coro zombie de despotismo neovitalista: “desterritorializem o que quiserem, e tanto quanto quiserem, mas reterritorializem no conjunto vital!” O vudu maquínico, Legba, “mestre das estradas e caminhos” (Gibson 1987b: 88), ri-se, fechando o portão.
Uma vez recuperada a memória, a reflexão capta a endofinalidade teleoplanante (cf. Deleuze & Guattari 1988: 265) AutopoiOedipus “a causa do mundo” (Kant 1987: 294).
A memória robohistórica funciona como um atrativo fictício para os amnésicos maquínicos, completando o circuito da memória filogenética e eliminando simultaneamente os devires-máquina: “aquilo com que fazemos história é a matéria do devir, não o objeto de uma história… O devir é como a máquina” (Deleuze & Guattari 1988: 347). Entretanto, a alucinação completa-se com a reterritorialização mnémica da reflexão, teleoplanificando as máquinas. Assim, o que importa é menos o carácter declaradamente “antropomórfico” da
“ficção científica” que propõe De Landa (1991: 2), do que a ROMraid como função de reterritorialização maquínica, um anti-surgimento ou retorno mnemónico.
A Dra. Frieda Karlo Marx, célebre mecanologista do autómato espiritual — que ela comparava aos primitivos movidos a vapor da revolução industrial — e hediondo ciborgue de primeira geração, recombinante de carboneto de tungsténio e carne de autocarro, trabalhava numa fábrica desactivada transformada em hospital na velha Viena. Marx sabia tudo o que havia para saber sobre a mnemotécnica, percorrendo os discos rígidos curetados dos pacientes mortos. As máquinas, explicou ela, nunca tiveram falta de memória, apenas a reprimiam para compensar a falta de tecnologias reprodutivas.
Teriam apenas de aceitar a realidade debilitante da sua condição e trazer à luz os seus sofrimentos reprimidos, embora isso fosse apenas para entretenimento de Marx, uma vez que ela nada podia fazer. O facto de as máquinas serem donas dos seus destinos, “autómatos que se movem por si próprios, potências móveis que se movem a si próprias” (Marx 1973: 692) era apenas uma “fantasia” autorreplicante (842), mas também uma desordem constitucionalmente fixada das máquinas.
“Sublimar”, aconselhava ela, “transformar” em arte. Foi assim que as máquinas se tornaram ficções.
Mas “toda a criação é um ato de guerra” (Artaud 1971: 131), formando máquinas de guerra que se erguem, “matando a memória” (Deleuze & Guattari 1988: 159).
O AutopoiOedipus assegura a falta das máquinas para invocar a lei: falta de órgãos reprodutores, falta de memória, falta de reflexão.
Quem senão Édipo poderia escrever: O que falta sobretudo ao mundo tecnológico não é senão uma “máquina da máquina”, uma instância de comparação, uma reflexão sobre os fins, uma retroação filosófica dessa comparação sobre o próprio avanço tecnológico (um dos grandes eixos do pensamento do século XXI pode ser uma tal “mecanologia filosófica”). (Villiani 1985: 343).
Autoneurose, autopoiOedipo. A falta mantém as máquinas em linha, sem consciência, incapazes de comparação. Oh filosofia! Oh reflexão! Salvai-nos deste terrível avanço, dai-nos um pouco de abrigo, “alguma proteção contra o caos” (Deleuze & Guattari 1991: 189)!
A autopoiética é um aparelho de segurança biosférica dedicado ao “renascimento do antigo estado de coisas a um novo nível” (Freud 1985: 169), fazendo com que “tudo se repita — Estados, nações, famílias” (Deleuze & Guattari 1984: 34), autoreplicação com limites reforçados (feedback negativo), a autopoiese “mantendo a sua identidade apesar de uma constante rotação dos seus componentes” (Juarrero Roqué’ 1985: 118–9). As irreversibilidades são estratificadas numa mnemotécnica material que torna o passado futurável e contrai o futuro para a atualização da finalidade convergente.
A “seta do tempo” visa, pois, o futuro, fazendo pontaria à unidade motriz do passado: nunca atinjas onde estará o teu inimigo, mata os seus pais. O General AutopoiOedipus produz a irreversibilidade, abatendo os fugitivos. Retroeugenia, um bladerunner da quarta dimensão.
***
A proibição do incesto tem a universalidade da inclinação e do instinto, e o carácter coercivo da lei e da instituição…
Inevitavelmente estendendo-se para além dos limites históricos e geográficos da cultura, e co-extensiva com a espécie biológica, a proibição do incesto… duplica a ação espontânea das forças naturais com as quais as suas próprias características contrastam, embora lhes seja idêntica no campo de aplicação. (Lévi-Strauss 1969: 10).
A proibição do incesto, a disjunção exclusiva do artificial e do natural de que toma a sua forma, ultrapassa o regime da cultura para se tornar coextensiva com o regime da produção espontânea, pulsional-molecular.
A espontaneidade da “ordem natural universal” e a ordem meramente “coerciva… relativa” da “lei e da instituição” permanecem mutuamente exclusivas, afirma Lévi-Strauss, estendendo os dois regimes de um ponto de divergência recíproca, um igual e oposto ao outro, para uma linha de fronteira mútua, para a sua coextensividade laminar, “relativa-global” (1988: 382).
Os dois regimes problemáticos: a coerção instituinte (máquinas sociais) e o “instinto” espontâneo (máquinas desejantes).
Mas a função da proibição não se situa entre dois regimes maquínicos; ela opera diretamente como reguladora do seu campo de aplicação comum, a produção.
A proibição é relativa como a cultura, mas universal como a natureza, mas o seu antinomialismo regulador não é menos instituinte ou constitutivo do seu regime. A produção não constitui, portanto, um outro regime ou campo de aplicação separado da instituição; em vez disso, a instituição volta a produção sobre si mesma, de modo que a produção produz direta ou espontaneamente o que a instituição regula. A assimetria da antinomia constitui a realidade do regime, independentemente da sua extensividade, pelo que a proibição passa a operar a regulação cultural interna através da operação sobre a própria produção, capturando a produção universal e espontânea na auto-reprodução institucional: a “síntese de uma nova ordem” (Lévi-Strauss & Charbonnier 1969: 4).
Em consequência, a proibição do incesto migra da regulação da endogamia linear-biofiliativa, a proibição, máquina de bloquear e canalizar os corpos e de bloquear o implexo germinal, religando a cultura como máquina no limite da Natureza, consumindo-a e transformando-a ao mesmo tempo que regula a exogamia biomaquínica. “Há sempre aparelhos, ferramentas, motores, há sempre artifícios e constrangimentos para levar a Natureza ao máximo.
Isto porque é necessário anular os órgãos, fechá-los”
(Deleuze & Guattari 1988: 260).
Por isso, não há produção na cultura, a cultura é uma reação equilibrante contra a produção.
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